domingo, 14 de junho de 2009

Passeios de “Cicloturismo”

De entre todos os que que andamos metidos nisto, por vários motivos, sejam eles saúde, simples prazer, manutenção ou afirmação do ego, temos qualquer coisa em comum....o andar de bicicleta.
Há quem ande sózinho, acompanhado, organizado e há tambem os desorganizados. Seja como for o que a malta quer é andar.
No meu caso, sou muito maçarico ao pé de muitos que por aí andam e têm muita experiência nesta coisa das bicicletas.
No entanto, embora ande por aqui só há cerca de 5 anos, e estando integrado numa secção de cicloturismo de um clube, não fazendo parte de qualquer orgão organizativo, fiscal ou qualquer que seja, existem algumas considerações que gostava de espressar para que possamos reflectir sobre uma realidade que parecendo simples, não o é assim tanto para quem tem responsabilidades dentro da “modalidade”.
Vem isto a propósito da última prova de cicloturismo pensada e organizada pela comissão de festas do Pinhal Novo, com a ajuda e apoio da secção de cicloturismo do Pinhalnovense.
Como todos sabemos ....o cicloturismo tem as suas regras. Nomeadamente no que à velocidade diz respeito.
A velocidade máxima permitida são os 25km/h. Mas também , todos sabemos que o cicloturismo que se faz hoje nada tem a ver com o que se praticava há quinze anos atrás.
O mundo evoluiu! E o mundo das bicicletas também.
Motivos para isto são também vários; o número de praticantes, a idade dos praticantes, uma cada vez maior consciencialização em termos de benifícios para a saúde,etc..
Ora vem isto a propósito de haver algumas pessoas que pararam no tempo e acham que se devia andar hoje , como se andava há 20 anos. No entanto tudo mudou; as mentalidades, as máquinas, os equipamentos, etc..Temos que reconhecer que é necessário evoluir também de forma a acompanhar o desenvolver das coisas de forma a não perder o barco...(neste caso a bicicleta). Estar preso aos vinte e cinco, com as novas bicicletas e pisos cada vez melhores é uma patetice. Mas ainda vai tendo a sua força.
Como disse atrás, decidiu-se fazer uma prova durante as festas. Quando nos falaram nisto, a primeira coisa em que alguns pensaram foi que havia de ser uma... prova... (ia dizer passeio, mas acho que é um termo mesmo embrenhado no cicloturismo).
Pensámos em primeiro lugar limitar o número de participantes a 250. Seguidamente achámos que bicicletas tipo BTT não deveriam ser aceites devido às especiais e diferentes características em relação a uma biciceta de estrada, nomeadamente a facilidade em travar, o que pode realmente ser um grande problema para o ciclista que vem na roda desse indivíduo, dado que a sua capacidade de travagem é significativamente pior. Dá em queda invariavelmente.
É de evitar as misturas em grandes pelotões. No entanto essa ideia não vingou. Não quero dizer com isto que tivesse havido algum problema deste tipo, muito pelo contrário, todos os que vi de BTT se portaram à altura.
Quizemos então fazer uma prova em que a velocidade fosse um pouco superior, partindo do princípio que conseguiríamos logo a partir daí uma selecção de quem se iría inscrever, dado que avisámos que a média iria ser superior a 25.
Não houve selecção....apareceu tudo como se de um passeio normal se tratasse. Mas correu quase tudo bem...quem aguentou gostou....os outros....vieram a um rítmo mais baixos e houve até algumas reclamações, como se ler não soubessem.
Quando se organizam provas ou passeios (como queiram) deste tipo existe sempre um problema comum: como controlar quem se inscreve? tem seguro? é federado?
Pode não parecer, mas é realmente um problema para o qual temos que arranjar uma solução.
O problema maior é quando andam connosco, no mesmo pelotão, indivíduos que nem se inscreveram, e há por exemplo uma queda em que um desses indivíduos é envolvido e não tem seguro da federação e fica ferido ou fica ferido quem cai com ou por sua causa? O primeiro a ser chamado à responsabilidade é o organizador da prova que, embora sem qualquer tipo de culpa, terá sem dúvida que arcar com as responsabilidades sobre o que se passou. É uma grande chatice e um grande problema.
Assim, a minha reflexão vai no sentido em que As BTT não devem andar na estrada junto com as bicicletas desenvolvidas para andar exactamente nas estradas.
Não passa pela cabeça de ninguém ir para o meio do mato com uma bicicleta de estrada!!!
Quanto ao controle de incrições, seguro, etc., seria tudo feito no acto de incrição, em que se a situação do atleta estivesse regularizada, utilizar-se-ía, por exmplo um carimbo (bem à vista ou não!!). O panfleto oficial da prova deveria ter bem explícito que a organização não se responsabilizaria por qualquer dano provocado voluntária ou involuntaruiamente por um indivíduo não inscrito na prova e sem o respectivo sinal de inscrição (carimbo).
Penso que seria uma boa forma de evitar danos ao clube e disciplinar a questão das incrições nas provas em que é necessário pagar (infelizmente) para andar de bicicleta.

Reflexão de Vitor Vale

1 comentário:

Vitor Hugo Vale disse...

Quando falo em carimbos, isso pode significar uma marca qualquer; uma fita....qualquer coisa que identifique...